terça-feira, 27 de março de 2012

Quais os melhores temas para motos?

Quando se olha para motocicletas, principalmente as radicais, supertrails, choppers, super racing, street, street fighter, etc, que tipo de música vem à cabeça?
Eu sinceramente não consigo combinar o lado radical do motociclismo senão com o rock & roll. Vendo uma chopper o que vem à cabeça? De certo não é "fio de cabelo" ou "ai se eu te pego", definitivamente combinam mais com cavalos e mulas que com motos.
A intenção desse post é listar alguns dos sons que definitivamente são a trilha correta para o mundo do motociclismo.

Obviamente, por respeito a um clássico, eu nomeio a número um:
BORN TO BE WILD, do Steppenwolf! Não tem como não lembrar de choppers escutando essa música, ela é o ícone de toda um geração de motociclistas, eternizada no filme Easy Rider, estrelado por Peter Fonda.

Para o segundo lugar, há muitas... aí vai o meu gosto pessoal. Dessa forma:
HIGHWAY TO HELL, do AC/DC. Uma paulada, ainda mais na voz do primeiro vocalista, Bon Scott. E devidamente  homenageada no filme "Wild Hogs" (motoqueiros Selvagens), estrelado por John Travolta e Tim Allen.

Em terceiro, eu colocaria uma do meu grupo favorito, Led Zeppelin, a Moby Dick, uma paulada instrumental pesadíssima seguida dum solo arrepiante do eterno John Bonzo Bonham.

Outras que são facilmente atribuíveis como temas de motos:
- Ace of Spades - Motorhead

- Say What You Will - Fastway

- Detroit Rock City - Kiss

- Panama - Van Halen

- Highway Star - Deep Purple

- Paranoid - Black Sabbath

- You could be Mine - Guns'n Roses


E por aí vai....

Neste post, não afirmo que essas são as melhores dentre todas, apenas enumerei algumas que lembrei as quais me identifico muito e associo com motos. Mas há outras... ACDC é um grupo que tem uma vasta lista de músicas associáveis a motos... assim como todos os acima listados e outros não listados.
Agora, sinceramente, depois de ver e ouvir a listagem e arremete-lo a lembrar de outros temas - que com certeza serão no nível destes citados - dá para associar moto a sertanoja ou Pógode?


segunda-feira, 26 de março de 2012

Chopper - Um estilo herdado da 2ª Grande Guerra.


Todos os fãs do motociclismo conhecem as chamadas moto chopper. Quando vêm à mente, pensam em garfo longo guidão estilo U aberto, banco com dois níveis e rabeta traseira (ou sissy bar). A maioria acha que é um estilo criado durante os anos 1960, quando do lançamento do clássico filme estrelado por Peter Fonda, Denis Hopper e Jack Nickolson intitulado Easy Rider (sem destino), um ícone da geração beatnik. Contudo, como você poderá perceber, a história dessas motos personalíssimas vem de muito antes.

As Chopper nasceram quando do regresso da 2ª guerra mundial dos soldados norteamericanos, que depois de andarem na Europa em motos Europeias mais leves e ágeis, começaram a retirar peças dispensáveis - segundo eles - de suas Harley. Daí  o termo "Chopper", que vem de retirar, cortar.
As chopper são motos que derivam das custom, com a diferença na posição do tanque que é alto na frente e baixo atrás, formando uma linha com o eixo da roda traseira. 
Nas moto tipo custom, O ângulo do caster (inclinação do garfo dianteiro-veja figura 1) já é mais inclinado  do que em motos comuns. 
Figura 1

Na chopper, essa inclinação é maior ainda, o que torna  a distância entre eixos bem grande. Este estilo de moto tem a filosofia de retirar tudo o que não é necessário em uma moto, dai vem seu nome que, em inglês, significa cortar. Geralmente não possuem banco para o garupa, alforges ou para-lamas dianteiros. Seu visual é bastante despojado e agressivo. O conceito de moto chopper, originado dos EUA, foi disseminado mundo afora através do filme Easy Rider (Sem Destino), lançado em 1969.
Easy Rider
Esq p/ Dir: D. Hopper, Peter Fonda e Jack Nickolson
                                           Abertura do Easy Rider: Born to be Wild-Steppenwolf

No filme os atores Peter Fonda e Dennis Hopper interpretam os dois motociclistas que viajam pela América sobre suas choppers. As motos do filme tinham nome (chamavam-se: Capitão América e Billy Bike), talvez essas sejam as "Choppers" mais famosas do mundo. 

Capitão América

A partir desse momento, o design da moto chopper se difundiu, o que levou os proprietários das Harley e das Indians a modificarem suas motocicletas em busca do visual chopper. Hoje, a industria de motos chopper continua com seu espírito "hand made", mas não mais modifica motos de linha, e sim constrói as motos, desde o chassi, motor, tudo personalizado. 
Pegando carona na febre chopper, a Honda lançou o modelo Fury, uma custom com muita cara de chopper. Infelizmente, ela ainda não é fabricada no Brasil, disponível somente no mercado americano. 




Honda Fury


Uma pena, pois a única custom que tinha carona de chopper fabricada no Brasil foi a extinta shadow 600, substituída posteriormente pela VT 750 shadow, esta com cara das customs tradicionais, estilo "tiozão". 
Honda VT 600 Shadow

Ano passado, a Honda remaqueou a 750, contudo, a única coisa que fez foi trocar o modelo AERO pelo SPIRIT, já que nos EUA as 750 sairam nesses dois modelos simultaneamente. A meu ver, ela ficou mais jovem mas ainda devendo. Além de subir bem o preço, a Honda manteve a suspensão traseira bichoque, o que limita a troca por pneus mais largos e que também proporcionaria uma cara mais chopper.
Shadow Aero x Shadow Spirit
A eterna rival da Honda, a Yamaha, também entrou na disputa. 
A febre chopper é tamanha, que existe até um programa de TV, mostrando o dia-a-dia de uma fábrica de choppers, o American Chopper (Orange County Choppers, no original), exibido no Brasil pelo canal por assinatura Discovery Turbo. Não existem exemplos desta categoria de fabricação própria das fabricantes, pois geralmente, são criada e alteradas pelos próprios donos, ou oficinas especializadas em chopper.
Paul Jr, Mike Teutl, Paul Sr. (sentado na moto em homenagem a Brasília), Lula e Da. Marisa

OCC-Black Widow

OCC - Brasília Chopper

OCC - St Jude

OCC - QuadCore Chopper

OCC- Estatua da Liberdade


No Brasil, fazendo umas buscas no "googlepedia"  e no "Youtubepedia",  observa-se que os brazucas realmente incorporaram a cultura chopper. Tanto que encontramos diversas oficinas especializadas na transformação de customs em modernas choppers, a exemplo das construídas pelos americanos da OCC. E, sinceramente? Alguns construtores, como os da Apocalypse Cycle Customs - ACC, de Itajaí, SC, não ficam devendo em nada em criatividade, beleza e acabamento de seus modelos para os dos americanos. 
Com transformações arrojadas, observa-se em seus modelos a fabricação de diversos itens específicos para a moto transformada, conforme o modelo escolhido pelo cliente, todos com excelente acabamento. A diferença entre nós e eles é que lá, eles tem auto e motopeças que nos lembram verdadeiros supermercados de tão diferenciados e completos produtos que tem à sua disposição. Aqui, os brazucas se viram no puro talento e criatividade.
ACC-Big Horse

Bodacious

Outros construtores Brazucas também não fazem feio. Vejam o modelo criado pela Lucky Friends 
Lucky Friends Chopper

Ou do Manri:
Chopper da Manri Motos

Blogs como este: http://overtakingisfun.blogspot.com.br/2011/05/fazendo-uma-bobber-i.html - mostram o dia-a-dia do construtor de moto. Eu, particularmente, amante desse estilo de moto, adoro buscar pela internet sites como esse, onde mostram pessoas modificando suas próprias bikes. 
Os anos 1960, 1970 e 1980 foram marcados pelo estilo Old school inaugurado pela Capitão América. De lá para cá, notem a diferença entre o antigo e o moderno. Enquanto que as chamadas Old School eram praticamente Ratt Bikes, mal acabadas, sujonas (e nem por isso menos bonitas), as novas tem acabamento típico de montadoras, peças exclusivas, criadas para o projeto, cabos escondidos na tubulação, entre outros detalhes.

O fato é que a internet disponibiliza diversos sites, como o próprio youtube, mostrando a construção de diversas motos chopper, facilitando para o construtor amador projetar e desenvolver sua moto. No caso brasileiro, o maior empecilho é a legalização da motoca, já que a Lei brasileira é tão prolixa que torna quase impossível essa tarefa. 


Termos utilizados na cultura Chopper

Chopper HardTail (ou conhecida também por Rabo Duro): É aquela cujo quadro continua até o eixo da roda traseira, sem suspensão traseira.
Para uso no Brasil, realmente é terrível face a qualidade de nossas ruas e estradas. Porém, há alguns projetos com soluções interessantes para quadros hardtail, colocando a suspensão traseira no banco (como nas bicicletas).
Quadro Hardtail

Chopper Hardtail com suspensão no Banco

Chopper SofTail - Esta tem a balança traseira e, consequentemente, suspensão traseira.
Quadro Softail

Quadro Softail



Suspensão Springer (No Br, também conhecida como Estilingue): É composta geralmente por 4 braços e com as molas na parte superior da mesa, conforme figura.  

                                     
Suspensão Springer ou Estilingue


Trail: Não confundir com o estilo de moto. Trail, conforme já descrito acima é o ângulo formado por uma linha imaginária perpendicular ao solo e o ponto de encontro do garfo com o quadro. Vide Figura 1.

sábado, 24 de março de 2012

Led Zeppelin - Criador do Heavy Metal?

O primeiro post sobre superbandas não poderia deixar de ser a respeito  de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos: Led Zeppelin !

Introdução - Origens.

Formada por Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John "Bonzo" Bonham, tendo como seu agente um dos mais controversos empresários do mundo musical, Peter Grant.
Led Zeppelin é conseqüência direta do grupo anterior de Jimmy Page, The Yardbirds. Desse grupo, cabe ressaltar que passaram por ele, além de Page, dois dos maiores guitarristas contemporâneos: Eric Clapton e Jeff Beck.
Outro fato interessantíssimo é que Jimmy Page iniciou nesse grupo como baixista! Na época, o guitarrista ainda era Jeff Beck. Mas logo Beck sairia para seus próprios projetos, deixando a vaga livre para Jimmy e seu gênio criativo. Contudo, o mercado musical ditava que Yardbirds já era coisa do passado e que, para conquistar o mundo do rock, Jimmy iria precisar de  algo novo, potencial e explosivamente criativo. Para isso, convidou o seu amigo, músico de estúdio, Jonesy (como era chamado John Paul Jones) para o baixo. Para os vocais, pensaram em Roger Daltley e para a bateria o divertidíssimo Keith Moon, ambos do The Who, contudo o Who estava em carreira meteórica e desistiram dessa aquisição. Assim, requisitaram um rapaz cujos vocais impressionavam pela amplitude de seu agudo: Robert Plant, do Band of the Joy. Para a batera, Bob indicara uma locomotiva humana, com quem havia trabalhado antes: John "Bonzo" Bonham.
Faltava agora decidir o nome da Banda. Jimmy era relutante e queria New Yardbirds. Chegaram até a usar esse nome em algumas poucas apresentações. Contudo, diziam que o nome não era "potencialmente comercial".
Esq para dir: Bonzo, Plant, Page e Jonesy

Dizem as "lendas" que quando tocaram juntos, Keith Moon escutara-os e disse que o som estava tão pesado que parecia que o ar estava pesado, que parecia um zepelim (balão) de chumbo flutuando, e que daí viria o nome Lead Zepelim, mudado para Led Zeppelin.
Led Zeppelin
Para muitos críticos, com a criação do Led estava criado um novo estilo musicial: O Heavy Metal. Como tudo na vida, essa afirmação é contestada veemente, principalmente pelos que não são zepmaníacos. Segundo alguns, a concepção inicial de Heavy Metal, por sequência de acordes e estilo, teria tido em seus primórdios a música Helter Skelter dos Beatles. Realmente, quando executado por grupos de Heavy Metal e Hard Rock, percebe-se que a música é fodérrima e pesadíssima. Outros afirmam que o Heavy Metal teria sido criado com o nascimento do Black Sabbath. Na minha opinião, O Metal não é de um só, mas resultante da soma de todos. É difícil escutar Purple Haze com o Hendrix com todo aquele peso e não considerar aquela porrada como um Metal!

Mas todos são unânimes, o Led veio e mudou o cenário musical. Graças a técnicas que Page aprendeu durante sua fase como músico de estúdio, os tapes do Led do final dos 1960 e início dos 1970 são os de melhor qualidade sonora dentre todos os seus contemporâneos.  O Led influenciou não apenas na música em si,  mas em como ela deve ser produzida e gravada e que tecnologias devem ser utilizadas para tanto.

O Led teve diversos sucessos em sua carreira e vários pesares. Durante a gravação do disco Presence, Karak, filho de Plant, falecera vítima de uma doença raríssima. Plant sofrera um acidente e gravara o disco duma cadeira de rodas. Por esse motivo, o disco costuma ser rotulado como de uma aura pesada, meio depre. Contudo, há o experimentalismo de Page. Lá temos a poderosíssima Nobody Faults be Mine - que eles fizeram posteriormente o favor de assassinar no Unledded (minha opinião) - e a pesadíssima Carrousselambra, que segundo os papos de estúdio, Page teria empregado nela em torno de dez guitarras distintas para obter aquela sonoridade.

Mais tarde, em 1980, John Bonzo Bonham falece. Depois de tomar mais de 40 doses de vodka, desmaia de bêbado em seu quarto e falece, sufocado pelo próprio vômito. O fato ocorrera na case de Jimmy Page em Windsor. Com sua morte, o grupo não tinha ânimos para continuar a carreira.
Lapide em memória de John Henry Bonhan, com seus restos mortais.
John Bonham falecera tornando-se um mito na música. Considerado um dos maiores bateristas do Heavy Metal, é referência a todos os bateristas, inclusive de outros gêneros musicais. É reverenciado tanto por fãs quanto por colegas. Tanto que após o seu falecimento, alguns bateristas, como o fodaço Bill Ward, do Black Sabbath, foram cogitados em ser convidados para substituí-lo no Zeppelin, porém, recusaram pelo fato da grande responsabilidade que teriam em substituir o lendário baterista.
Bonzo arrebentando as baquetas


Após a separação, houve alguns momentos que tocaram juntos, como no Live Aid, de 1985, onde tocaram Plant, Page e Jonesy, tendo na batera os músicos Phil Collins (tadinho) e Tony Thompson, ex-baterista do Chic.
Plant e Page no Live Aid

Em 1988, voltam a tocar juntos no  40º aniversário da Atlantic Records, mas desta vez o convidado a assumir as baquetas seria nada menos que Jason Bonham, o filho do batera original. Jason também viria a tocar no disco solo de Page intitulado Outrider e excursionado com ele. Contudo, essa apresentação foi tida pelos membros como péssima, pois segundo críticas dos músicos, não havia retorno do som e podia-se perceber - para quem assistiu pela tv como foi o meu caso - a guitarra desafinada de Page.
Atlantic Records e o (na época) jovem Jason Bonham

Em 1991, um encontro mitológico de dois deuses do Rock: Jimmy Page e David Coverdale (ex-Purple e Whitesnake). Intitulado Coverdale & Page, o disco é magnífico! Na minha opinião, o melhor pós Zeppelin feito por Page. Obviamente o talento e experiência de Coverdale pesaram na qualidade musical.



Coverdale e Page - os Mestres!
Disco de 1991


Em 1994, o retorno da dupla Plant-Page em Unledded - No Quarter. Rendeu um cd, um dvd e um bluray e uma infinidade de bootlegs. Com músicas inéditas e releituras de antigos clássicos do Led, o disco foi um sucesso. Rendeu diversos shows, inclusive um em São Paulo e outro no Rio, em 20 e 21 de janeiro de 1996, no extinto Hollywood Rock. Esse show tive o prazer de presenciar. Parte da orquestra sinfônica paulista e a marroquina no fundo, músicos da banda de Plant que foram mantidos para esse projeto, Plant cantando melhor que no Live Aid e no Atlantic Records - 10 anos após! Podem comparar pelo vídeo - e Page endiabrado na guitarra! Duas datas memoráveis para os brazucas. Nessa data, tocou também a banda Black Crowes.
Disco Unledded - no quarter
Plant e Page no Rio

Desse encontro, resultou a amizade de Page com a Banda Black Crowes. E dessa amizade, uma série de shows do grupo com o experiente guitarrista, tocando músicas do Zeppelin, grandes clássicos do blues e do Black Crowes.
Page e Black Crowes
                                       
E, finalmente em 2007, o retorno da banda, com Jonesy no Baixo e Jason Bonham na bateria no show no Arena O2 em Londres. Para retornar, Plant fez algumas exigências, dentre as quais, que a banda não estendesse demais as músicas, que as executassem mais "resumidamente".
Jonesy, Plant, Page e Jason (ao fundo) no Arena O2

Houve muita cogitação na época sobre o retorno do Zeppelin, contudo, Plant foi enfático: "Não posso continuar. Como vou cantar o repertório do Zeppelin se daqui a pouco precisarei de ajuda para andar?", sepultando de vez a esperança de todos, principalmente nós brazucas, de vermos novamente a grande banda.

E, por fim, a última grande apresentação de membros do Zeppelin foi no show do  Foo Fighters no Wembley Stadium. Nesse show, tocaram com os membros do Fighters Jonesy e Page. E David Growl assumiu os vocais nas canções do Zep.
Fighters, Page e Jonesy

Interessante que em início da carreira, Growl era crítico do tipo de música e esque musical que o Zeppelin representava, desferindo críticas ferinas contra o grupo. Hoje, é fã declarado de ter toda a coleção do grupo, inclusive bootlegs. E mais radical ainda, dispensou nada menos que PAUL MCCARTNEY no Baixo para manter Jonesy na formação do Them Crooked Vultures. Interessante como esse disco é um "retorno" aos anos 1960 e 1970, com músicas que lembram do Zeppelin a grupos como o Cream. É, Growl, o tempo passa e a gente amadurece...

O tempo passa - desde 1980 o Zeppelin não mais existe - e a legião de fãs não diminui. Quem frequenta ambientes que tocam rock sabem o que estou relatando. Sempre reparo  que nos pubs roqueiros há os quarentões, como eu e meus amigos, e a moçada de 18, 20 anos, autodeclarando-se fãs incondicionais do Zeppelin. É como diz o velho chavão: para se gostar de coisa boa, não há idade...



Para a nossa alegria, foram lançados pacotes comemorativos do Led! Finalmente eles se tocaram e lançaram o DVD, Bluray e o CD do Show Live at O2 Arena, gravado em 2007, com o filho do Bonzo, Jason, na batera. Eu já havia assistido a versão "popular" do show, ou seja, gravações efetuadas por celulares e câmeras amadoras do público. Mas uma versão produzida não tem igual! E realmente, o povo já estava velhão mas tocando como nunca! 
A única ressalva que vejo é com relação ao Jason... percebe-se que ele toca muito, que aprendeu tudo o que o pai fazia, mas ele me parece meio "econômico"  com relação a repiques e solos, tipo meio preguiçoso de fazer os tambores soarem... 
Mas tocou muito e o show - principalmente para quem é fãzaço do Led como eu - não decepciona, emociona!

Não fosse só isso, recentemente os integrantes remanescentes do Led foram homenageados por ninguém menos que o todo-poderoso presidente dos USA (mas não abUSA) Barack Obama.
Abaixo, notícia extraída do site:
https://www.territoriodamusica.com/noticias/?c=30712

"Os três integrantes remanescentes do Led Zeppelin foram homenageados por Barack Obama, no último domingo, dia 02. Os músicos foram condecorados por sua contribuição "para as artes e cultura americana". 

A condecoração foi entregue pelo próprio presidente americano, que recebeu Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones na Casa Branca.

Em seu discurso, Obama lembrou que já foi dito que toda uma geração de jovens sobreviveu à angústia adolescente com fones de ouvido e um álbum do Led Zeppelin. 

"E mesmo hoje, 32 anos após a morte de John Bonham, o legado do Zeppelin sobrevive”, disse o presidente, que ainda brincou ao dizer que o trio se comportou muito bem na Casa Branca."




quinta-feira, 15 de março de 2012

V-Max: um ícone do Motociclismo!

Este é o nosso primeiro post. E para estrear, nada melhor que lembrarmos da trajetória de  um ícone do motociclismo, uma motocicleta - e que motocicleta, ladies and gentlemen - que marcou gerações e até hoje é um símbolo de potência combinada com luxo: A Yamaha V-Max
A Yamaha Vmax originou-se no início dos anos 1983, quando o desenhista americano Ed Burke (que trabalhava na   YAMAHA) começou o seu esboço. Considerado o pai da Vmax, Ed realizou vários esboços diferentes para inspirar os engenheiros japoneses: vaqueiro, futebol americano, superman, dragstar, sexo e músculo. A Vmax deve ter peitorais e ser sensual ao mesmo tempo. O seu motor é inspirado diretamente da cultura mecânica americana, tendo como base os grandes motores V8 montados em hot rods! Assim, a  Vmax nasceu com um musculoso motor V4 e aceleração maior que qualquer outra motocicleta. 
Interessante que a primeira V-Max surgiu no mercado americano com fudidaço motor, equipado com o inédito e exclusivo sistema V-boost, com 1.200 cc, potência de 145 HP e 0 a 400 metros em 11 segundos, enquanto que na Europa essa moto foi "capada", pois não incluiram o v-boost no modelo Europeu. Assim, a V-Max européia ficou parecendo uma irmã anêmica da americana, com potência de 104 HP a 7 500 rpm e torque de 11,48 mkg a 6.000 rpm.


No Brasil, ela só foi aparecer  pelos anos 1990... mas importada, pois graças às nossas consecutivas crises econômicas, o país não conseguira trazer investimentos, não era seguro juridica e economicamente para as empresas. Só importava.


Em 2005 sai a sua última versão, sendo reeditada novamente em 2009, com motor 1679cm³, um monstro! 
No Brasil, essa "lambretta" está sendo vendida entre R$ 110.000 e R$ 120.000, ou seja, uma bagatela! 


Evolução:


1985: 
- A primeira V-Max surge no mercado americano com motor equipado com o inédito e exclusivo sistema V-boost, 145 HP e 0 a 400 metros em 11 segundos.

1986:
Introdução do modelo para a Europa na França:
   - 104 HP a 7 500 rpm e torque de 11,48 mkg a 6 000 rpm.
   - Ausência do sistema V-Boost para Europa.
   - Roda traseira fabricada tipo "prato" de alumínio.
   - Freio dianteiro com 2 discos de Ø 282 mm, ventilados com pistões opostos.
   - Emblema Vmax 3D.
1987, 1988 e 1989: 
  - Roda dianteira fabricada tipo "prato" de alumínio.
  - Entradas de ar e laterais na cor preta.
1990 :

  - Ignição eletrônica digital.
  - Voltam as entradas de ar e laterais na cor alumínio.
  - Introdução da Vmax no mercado doméstico japonês.
1991:
Para Europa:
- Modificações para redução de ruído (legislação européia) de 83 para 81 dB. Sistema de exaustão (escapamento) reprojetado e potência máxima reduzida de 100,2 HP/ 7500 rpm para 95,2 HP/ 8000 rpm.
- Novos eixos de comando de válvulas alongaram a abertura das válvulas para melhoria do torque máximo: 10,3 mkg a 3000 rpm apenas (antes 10,9 mkg / 6000 rpm). Para manter a soberba aceleração a relação de transmissão foi alterada de 33/9 para 33/10. 

1993 
Alterações fundamentais no chassi:
- Canelas dianteiras tiveram seu Ø aumentado de 40 para 43 mm. Novos discos de freio ventilados (perfurados) com Ø 298 mm com 4pot callipers.
- Pneus Metzeler em lugar de Dunlop.
- Gerador mais potente.
1996
- Entradas de ar, laterais, rodas, canelas e escapamentos na cor preta (Vmax conhecida como black max).
- Filtro de óleo externo tipo "cartucho".


  1998 

- Volta dos escapamentos cromados.
1999
- Voltam as rodas e canelas polidas (alumínio).
- Paralamas na cor "carbono". 
2001 
- Protetores nas canelas dianteiras
- Retrovisores retangulares no lugar dos tradicionais "ovais".
- Cobertura falsa do tanque em "carbono". 
2005:
- Modelo comemorativo do aniversário de 20 anos.
2009:
1679 cilindradas e 197 cavalos de potência
- suspensão traseira monochoque
- novo painel
- novo visual

Versões envenenadas!



Vídeos:
2009 1.8:
\
V-Max vermelha anos 1990:
V-Max Doidona Modificada (lindona!):
V-Max & AC/DC (Shoot to Thrill):

VI Encuentro Vmax Club España

Trilha: AC/DC - TNT



Encontro V-Max em Holanda: 15o aniversário: 
Trilha: Metallica - Fuel


Links legais sobre a monstra:
http://www.vmax.xpg.com.br/historia.html 

http://www.starvmax.com/forum/4-vmax-forums

E duas colaborações de muito bom gosto de nosso leitor, pelo jeito, fãzaço de V-Max assim como eu.

Particularmente, gostei mais da primeira, que relembra o estilo clássico da moto.

E acrescento ainda uma versão fantástica que vi por acaso na internet como wallpaper:
Essa versão ficou tão diferente que apenas um ou outro detalhe nos arremete à versão original...
Observem o garfo dianteiro horizontal... e a roda traseira, mais lembrando uma lagarta de tanque...
Fantástica! Haja criatividade...